JUMs 2023: “uma experiência de vida”

O vôlei já foi a profissão dos sonhos de Victor Silva Ananias. Hoje, por qualquer que seja o motivo, a modalidade se transformou em diversão e competição sem planos de carreira. Mesmo assim, o estudante-atleta se deslocou aproximadamente 557 quilômetros para competir nos Jogos Universitários Mineiros.

A distância entre Uberaba, município que sedia a edição 2023 dos Jogos, e Itajubá, cidade no sul de Minas em que fica a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), é de 557 quilômetros. Doze horas de ônibus, relata Victor. Sem falar na pré-temporada organizada pelo time, que precisou voltar à faculdade antes das aulas começarem para se preparar para a competição. O que justifica, então, tanto tempo de estrada e dedicação?

De fato, o JUMs é berço de futuros talentos, mas, para além disso, é “uma experiência ótima para ter como pessoa”, diz o atleta de vôlei.

“Disciplina” e “convivência” foram outras palavras usadas por ele para definir o evento e, também, para pontuar como os jogos podem contribuir para o futuro de qualquer um que participa.

A decisão de cada atleta sobre tentar ou não se profissionalizar não tira o sono de Alessandra da Silva Oliveira, técnica de vôlei dos times da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Para ela, assim como para Victor, o jogo vai além das linhas que delimitam as quadras. O jogo une grupos e comunidades. E, por mais que deseje o primeiro lugar no pódio, Alessandra valoriza aspectos invisíveis: “independente da escolha de cada um, trata da saúde, da socialização e da disciplina”.


Texto: Sofia Cunha
Edição: Arthur Raposo Gomes
Imagem de destaque: Sofia Cunha