Cheers no JUMs: diversão além da competição

Muita gente ainda não conhece, mas a expectativa é que o mundo descubra o que é o cheerleader nas Olimpíadas de 2028. Em 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheceu provisoriamente o esporte e o órgão mundial de líderes de torcida –  International Cheerleading Union (ICU).

Sendo assim, o primeiro passa para que a modalidade apareça como esporte olímpico foi dado. Evidentemente, outras exigências precisam ser cumpridas e também há a necessidade de disputar vaga com outras modalidades, mas isso não reduz as esperanças dos praticantes e do público.

Na edição de 2023 dos Jogos Universitários Mineiros (JUMs), que está ocorrendo em Uberaba (MG), as instituições de ensino tiveram a oportunidade de mostrar seu elenco na competição de Cheers, como o esporte é popularmente conhecido, mas somente a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) marcou presença.

A aparição única não afetou a apresentação do time UFU, que foi acompanhada por gritos da torcida, pedidos de “mais um” e premiação – ouro para os estudantes de Uberlândia. A relação entre esportistas e telespectadores foi tamanha que, no fim da exibição, o tatame virou piso para a experimentação.

Whalley Leandro, estudante de Enfermagem da UFU e capitão do time, comentou sobre a preparação e o que motivou a equipe a se apresentar mesmo sem precisar competir.

“O tempo de preparo foi corrido, isso atrapalha e pode ter influenciado as outras equipes também. Mas o objetivo do JUMs é garantir a vaga nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBS), e a gente tem interesse em competir no JUBs”, disse.

Whalley Leandro à esquerda e Willy Di Rita, treinador, à direita (Foto: Sofia Cunha)

A presença da torcida foi mencionada por Whalley. Para ele, ter quem acompanhe é importante para dar visibilidade ao esporte, que ainda sofre com preconceitos e estereótipos.

Núbia Regina, mãe de Lucas Matos, atleta do time UFU, foi uma das pessoas que se arriscou no tatame. Fazer o papel de flyer por alguns segundos, apesar de ter descido “tremendo”, para ela, não foi tão difícil, e isso se deve ao fato de ser inserida no esporte há muitos anos e ter certo controle corporal: “Eu pratico bike, crossfit, beach tennis, circense e musculação”.

Ela contou que, além de Lucas, as outras duas filhas praticam esporte por influência dela, elogiou o time e destacou a importância de um evento como o JUMs.

“Eu chego e sinto essa energia de jovens, no meio de esportes. Isso é tão bom. É pra vida inteira. É um fortalecimento para a vida e para o envelhecimento”, defendeu.

Foto: Sofia Cunha

Texto: Sofia Cunha
Edição: Arthur Raposo Gomes
Imagem de destaque: Sofia Cunha